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Informativo importante => Havia um link maldoso que direcionava o Blog para outro site, e há tempos estou tentando resolver. Consegui!!! Está de volta!!!! ★
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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Em breve - Lançamento do livro Orfandades- O destino das ausências

EM BREVE! 
Um olhar poético sobre as ausências humanas.

Em breve - Lançamento do livro Orfandades- O destino das ausências

EM BREVE! 
Um olhar poético sobre as ausências humanas.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Simbologia da Cruz

Simbologia da Cruz

sábado, 16 de julho de 2011

Tempo de Esperas - O Itinerário de um Florescer Humano


O volume, com lançamento oficial previsto para o dia 18 de agosto, já está em pré-venda na Livraria da Folha.

Título: Tempo de Esperas
Subtítulo: O Itinerário de um Florescer Humano
AutorPadre Fábio de Melo
Editora: Planeta
Edição: 1
Ano: 2011
Idioma: Português
Especificações: Brochura | 168 páginas

Quanto: Com preço promocional de pré-venda
Onde comprar: pelo site
da Livraria da Folha


O padre usa a história para abordar questões como felicidade, carência afetiva, existência e a essência de Deus.

Sinopse: 
Dois personagens, Abner e Alfredo. De um lado, um velho professor que resolveu refugiar-se numa vida simples, abandonando todas as glórias da vida acadêmica, e de outro, um jovem estudante de filosofia, cujo sonho é alcançar o que professor resolveu abandonar. Num contexto de desilusões e esperanças, estes dois homens estabelecem uma instigante troca de correspondências.
Através de confissões corajosas e sinceras, eles descobrem que muito mais que estarem em lados opostos do desejo, como se fossem o passado e o futuro de uma mesma existência, eles estão diante do desafio humano que nunca cessa: compreender o tempo das esperas.



Tempo de Esperas - O Itinerário de um Florescer Humano


O volume, com lançamento oficial previsto para o dia 18 de agosto, já está em pré-venda na Livraria da Folha.

Título: Tempo de Esperas
Subtítulo: O Itinerário de um Florescer Humano
AutorPadre Fábio de Melo
Editora: Planeta
Edição: 1
Ano: 2011
Idioma: Português
Especificações: Brochura | 168 páginas

Quanto: Com preço promocional de pré-venda
Onde comprar: pelo site
da Livraria da Folha


O padre usa a história para abordar questões como felicidade, carência afetiva, existência e a essência de Deus.

Sinopse: 
Dois personagens, Abner e Alfredo. De um lado, um velho professor que resolveu refugiar-se numa vida simples, abandonando todas as glórias da vida acadêmica, e de outro, um jovem estudante de filosofia, cujo sonho é alcançar o que professor resolveu abandonar. Num contexto de desilusões e esperanças, estes dois homens estabelecem uma instigante troca de correspondências.
Através de confissões corajosas e sinceras, eles descobrem que muito mais que estarem em lados opostos do desejo, como se fossem o passado e o futuro de uma mesma existência, eles estão diante do desafio humano que nunca cessa: compreender o tempo das esperas.



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Lançamento do livro O verso e a cena

Lançamento do livro  "O Verso e a Cena" esta semana nas livrarias.



Título: O verso e a cena
Autor: Fábio de Melo
Editora: Globo
Genero: Fotografia
Páginas: 136
Formato: 23 x 16 cm







O verso e a cena
Fábio de Melo


O verso e a cena, do padre Fábio de Melo, é o registro fotográfico de viagens pelo Brasil e o mundo (África, Terra Santa, Espanha...). Mas se revela, mais do que isso, o registro imagético de uma visão da vida, ao aliar as suas belas e de certa forma surpreendentes imagens aos versos curtos, ao mesmo tempo precisos e delicados, que as comentam.
Fruto, como referido, de viagens, essa coleção de imagens se divide em alguns grupos temáticos evidentes, como a orla marítima pedregosa, flores, a paisagem humana e vegetais ressecados. Falando do conjunto, surpreendente a completa falta de exotismo do olhar do fotógrafo. Com exceção das faces humanas, obviamente africanas, mas ainda assim tomadas em sua humanidade de modo a eliminar ou transcender seu contexto cultural, a paisagem física evita inteiramente os clichês. Não há fotos de animais selvagens, tampouco de vastas amplidões vegetais. Em vez disso, o olhar se concentra, por exemplo, nas bordas do continente, fazendo um belo uso do contraste entre a pedra e a água.
Se não há, nessas imagens da orla pedregosa, nada de evidentemente africano, há muito de evidentemente belo. O enquadramento preciso e o controle da gama de cores, entre o cinza, o chumbo, o azul e o verde, aliados à grande luminosidade, dão a esses registros físicos uma dimensão estética que, não por acaso, é a busca consciente do fotógrafo, explicitada em vários versos do livro (“Em memória da beleza que nasceu, cresceu, morreu, mas ninguém viu”).
A beleza, aqui, não é porém encontrada apenas onde se espera encontrá-la, como no mar turquesa ou em flores carregadas de cores. Talvez a série mais interessante do livro seja a central, em que o olhar do fotógrafo se concentra, em mais de um sentido, em vegetais ressequidos, como troncos mortos, palha e folhas secas. A gama, agora, é toda do marrom e do cinza. O enquadramento e a composição, por outro lado, abandonam todo naturalismo e assumem um ângulo nitidamente abstratizante, por vezes geométrico, feito de linhas paralelas ou longas e suaves curvas. Por um lado, os vegetais ressecados têm algo da permanência mineral. Por outro, sua própria forma os abstratiza em geometria, que a fotografia, por sua vez, perpetua.
E isso nada tem de casual. Pois o padre-fotógrafo trabalha com ao menos duas lentes: uma, a de sua máquina, que manipula com senso de beleza e precisão; a outra, a de sua visão de mundo, em que vida e morte não são instâncias antagônicas e excludentes, mas complementares, como versos que comentam imagens e imagens que comentam a realidade.
Como diz padre Fábio em um dos versos do livro: “Não tenho como levar comigo todas as belezas do mundo. Mas eu presto atenção”.

Fonte: Globo Livros

Lançamento do livro O verso e a cena

Lançamento do livro  "O Verso e a Cena" esta semana nas livrarias.



Título: O verso e a cena
Autor: Fábio de Melo
Editora: Globo
Genero: Fotografia
Páginas: 136
Formato: 23 x 16 cm







O verso e a cena
Fábio de Melo


O verso e a cena, do padre Fábio de Melo, é o registro fotográfico de viagens pelo Brasil e o mundo (África, Terra Santa, Espanha...). Mas se revela, mais do que isso, o registro imagético de uma visão da vida, ao aliar as suas belas e de certa forma surpreendentes imagens aos versos curtos, ao mesmo tempo precisos e delicados, que as comentam.
Fruto, como referido, de viagens, essa coleção de imagens se divide em alguns grupos temáticos evidentes, como a orla marítima pedregosa, flores, a paisagem humana e vegetais ressecados. Falando do conjunto, surpreendente a completa falta de exotismo do olhar do fotógrafo. Com exceção das faces humanas, obviamente africanas, mas ainda assim tomadas em sua humanidade de modo a eliminar ou transcender seu contexto cultural, a paisagem física evita inteiramente os clichês. Não há fotos de animais selvagens, tampouco de vastas amplidões vegetais. Em vez disso, o olhar se concentra, por exemplo, nas bordas do continente, fazendo um belo uso do contraste entre a pedra e a água.
Se não há, nessas imagens da orla pedregosa, nada de evidentemente africano, há muito de evidentemente belo. O enquadramento preciso e o controle da gama de cores, entre o cinza, o chumbo, o azul e o verde, aliados à grande luminosidade, dão a esses registros físicos uma dimensão estética que, não por acaso, é a busca consciente do fotógrafo, explicitada em vários versos do livro (“Em memória da beleza que nasceu, cresceu, morreu, mas ninguém viu”).
A beleza, aqui, não é porém encontrada apenas onde se espera encontrá-la, como no mar turquesa ou em flores carregadas de cores. Talvez a série mais interessante do livro seja a central, em que o olhar do fotógrafo se concentra, em mais de um sentido, em vegetais ressequidos, como troncos mortos, palha e folhas secas. A gama, agora, é toda do marrom e do cinza. O enquadramento e a composição, por outro lado, abandonam todo naturalismo e assumem um ângulo nitidamente abstratizante, por vezes geométrico, feito de linhas paralelas ou longas e suaves curvas. Por um lado, os vegetais ressecados têm algo da permanência mineral. Por outro, sua própria forma os abstratiza em geometria, que a fotografia, por sua vez, perpetua.
E isso nada tem de casual. Pois o padre-fotógrafo trabalha com ao menos duas lentes: uma, a de sua máquina, que manipula com senso de beleza e precisão; a outra, a de sua visão de mundo, em que vida e morte não são instâncias antagônicas e excludentes, mas complementares, como versos que comentam imagens e imagens que comentam a realidade.
Como diz padre Fábio em um dos versos do livro: “Não tenho como levar comigo todas as belezas do mundo. Mas eu presto atenção”.

Fonte: Globo Livros

domingo, 11 de julho de 2010

Marília Pêra vai adaptar para o teatro o livro Mulheres de Aço e Flores, do Padre Fábio de Mello

Marília Pêra adaptou contos dos livros "Mulheres Cheias de Graça" e "Mulheres de Aço e Flores" , do padre Fábio de Melo, para espetáculo teatral, de acordo com o jornal "O Globo".

A atriz, que montará a peça com a bailarina Ana Maria Botafogo, contou: "Elas são católicas, mas os textos falam dos desejos e anseios dessas mulheres, e isso interessa a todas as outras."


A atriz Marília Pêra que emprestou sua voz ao audiobook da obra, subirá ao palco no ano que vem, ao lado de Ana Botafogo.




Fonte : Quem Online

Marília Pêra vai adaptar para o teatro o livro Mulheres de Aço e Flores, do Padre Fábio de Mello

Marília Pêra adaptou contos dos livros "Mulheres Cheias de Graça" e "Mulheres de Aço e Flores" , do padre Fábio de Melo, para espetáculo teatral, de acordo com o jornal "O Globo".

A atriz, que montará a peça com a bailarina Ana Maria Botafogo, contou: "Elas são católicas, mas os textos falam dos desejos e anseios dessas mulheres, e isso interessa a todas as outras."


A atriz Marília Pêra que emprestou sua voz ao audiobook da obra, subirá ao palco no ano que vem, ao lado de Ana Botafogo.




Fonte : Quem Online

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Apontamentos referente ao Livro: Cartas entre amigos - sobre medos contemporâneos

Partilho os apontamentos que fiz referente ao livro: "Cartas entre  amigos - sobre medos contemporâneos.

Para melhor visualização e leitura clique abaixo
em menu,view fullscreen(lado esquerdo)


Apontamentos referente ao Livro: Cartas entre amigos - sobre medos contemporâneos

Partilho os apontamentos que fiz referente ao livro: "Cartas entre  amigos - sobre medos contemporâneos.

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domingo, 2 de maio de 2010

Conferência entre amigos - Lançamento Livro Cartas entre Amigos sobre ganhar e perder

Conferência entre amigos, referente o lançamento do livro "Cartas entre Amigos - sobre ganhar e perder", realizada  hoje 02/05/2010, na cidade de Campinas.

Um evento coroado de bençãos!

Padre Fábio de Melo compôs uma música especial em relação ao tema do livro Cartas entre amigos - sobre ganhar e perder. Nos presenteou cantando. Mais uma letra abençoada, que envolve o cotidiano de todos nós.

"De que vale alguém ganhar o mundo , ir além e tanto possuir ,
se depois não tem alguém na vida com quem possa dividir. "(Pe. Fábio de Melo)

Letra de autoria do Padre Fábio de Melo. Valores que muitas vezes permitimos sem perceber,  que se invertam. Que possamos fortalecidos pela fé e pelo amor misericordioso de Jesus, transformar o fracasso em vitória e reconhecer que há sempre um jeito de ganhar perdendo, quando nos permitimos levantar e recomeçar.  Ao recomeçar munidos de  humildade, ganhamos em evolução e seguimos em frente.

Padre Fábio e Gabriel Chalita são portadores da palavra bendita.
A sensibilidade e inteligência de um poeta, se conhece pela magnitude de suas obras.
Que Deus os abençoe.
Blog "Amigo de Fé" - Simone

Letra :

Quem não se doa na vida não pode ser grande
Demorei pra saber, demorei pra entender o porquê
A regra que move os motivos de nossa vontade
Nem sempre nos mostra que o menos as vezes é mais
Nem sempre aquele que ganha recebe a vitória
Nem sempre aquele que perde deixou de vencer
A luz que hoje brilha no pódio no fundo tem sombras
E a sombra de quem hoje perde já pode ser luz
Quanto peso já levei comigo, porque não me deixei convencer
Que o mistério profundo da vida não se encerra em ganhar ou perder
Mas aquilo que fica de tudo
E o que faço da sobra afinal
Se transformo o fracasso em vitória
Ou Se faço o bem ser mal
Por tanto tempo eu pensei que a vida fosse um jogo pra ganhar
Voando alto acertando água, a pressa me levar
Mas o avesso de tanta vitória
Há uma derrota que eu não quero ver
Tantas pessoas eu perdi na vida porque não soube escolher
Há sempre um jeito de ganhar perdendo
Ou de perder para ganhar
A escolha certa vai determinar o que vai nos restar
De que vale alguém ganhar o mundo, ir além e tanto possuir.
Se depois não tem alguém na vida com quem possa dividir.

De que vale alguém ganhar o mundo, ir além e tanto possuir.
Se depois não tem alguém na vida com quem possa dividir.


O único própósito do Blog é partilhar o contéudo que nos edifica por intermédio dos Dons abençoados do Padre Fábio de Melo, que  tem sido luz para tantos corações, que tem sido direção espiritual indicando o caminho que nos encontramos com Jesus, e envoltos pelo amor e pela fé verdadeira, seguimos de mãos dadas, reconhecendo a fortaleza de sermos "filhos do céu".

Blog "Amigo de Fé"
(Simone)

Conferência entre amigos - Lançamento Livro Cartas entre Amigos sobre ganhar e perder

Conferência entre amigos, referente o lançamento do livro "Cartas entre Amigos - sobre ganhar e perder", realizada  hoje 02/05/2010, na cidade de Campinas.

Um evento coroado de bençãos!

Padre Fábio de Melo compôs uma música especial em relação ao tema do livro Cartas entre amigos - sobre ganhar e perder. Nos presenteou cantando. Mais uma letra abençoada, que envolve o cotidiano de todos nós.

"De que vale alguém ganhar o mundo , ir além e tanto possuir ,
se depois não tem alguém na vida com quem possa dividir. "(Pe. Fábio de Melo)

Letra de autoria do Padre Fábio de Melo. Valores que muitas vezes permitimos sem perceber,  que se invertam. Que possamos fortalecidos pela fé e pelo amor misericordioso de Jesus, transformar o fracasso em vitória e reconhecer que há sempre um jeito de ganhar perdendo, quando nos permitimos levantar e recomeçar.  Ao recomeçar munidos de  humildade, ganhamos em evolução e seguimos em frente.

Padre Fábio e Gabriel Chalita são portadores da palavra bendita.
A sensibilidade e inteligência de um poeta, se conhece pela magnitude de suas obras.
Que Deus os abençoe.
Blog "Amigo de Fé" - Simone

Letra :

Quem não se doa na vida não pode ser grande
Demorei pra saber, demorei pra entender o porquê
A regra que move os motivos de nossa vontade
Nem sempre nos mostra que o menos as vezes é mais
Nem sempre aquele que ganha recebe a vitória
Nem sempre aquele que perde deixou de vencer
A luz que hoje brilha no pódio no fundo tem sombras
E a sombra de quem hoje perde já pode ser luz
Quanto peso já levei comigo, porque não me deixei convencer
Que o mistério profundo da vida não se encerra em ganhar ou perder
Mas aquilo que fica de tudo
E o que faço da sobra afinal
Se transformo o fracasso em vitória
Ou Se faço o bem ser mal
Por tanto tempo eu pensei que a vida fosse um jogo pra ganhar
Voando alto acertando água, a pressa me levar
Mas o avesso de tanta vitória
Há uma derrota que eu não quero ver
Tantas pessoas eu perdi na vida porque não soube escolher
Há sempre um jeito de ganhar perdendo
Ou de perder para ganhar
A escolha certa vai determinar o que vai nos restar
De que vale alguém ganhar o mundo, ir além e tanto possuir.
Se depois não tem alguém na vida com quem possa dividir.

De que vale alguém ganhar o mundo, ir além e tanto possuir.
Se depois não tem alguém na vida com quem possa dividir.


O único própósito do Blog é partilhar o contéudo que nos edifica por intermédio dos Dons abençoados do Padre Fábio de Melo, que  tem sido luz para tantos corações, que tem sido direção espiritual indicando o caminho que nos encontramos com Jesus, e envoltos pelo amor e pela fé verdadeira, seguimos de mãos dadas, reconhecendo a fortaleza de sermos "filhos do céu".

Blog "Amigo de Fé"
(Simone)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita na 4ª Bienal do Livro de São José do Rio Preto


4ª Bienal do Livro de São José do Rio Preto

Palestra “Conferência entre amigos” - Padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita
Data: 1º de maio
Horário: 9h30
Local: Anfiteatro da Represa Municipal

Na palestra, os autores abordarão o livro “Cartas entre Amigos – Sobre Ganhar e Perder”, lançado no último dia 28.
Neste sábado (1º/4) a 4ª Bienal do Livro recebe cinco atrações, a palestra “Conferência Entre Amigos”, do Padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita; o show “Tocar na Banda”, de Vânia Bastos; as exibições dos filmes “Sobe ou Desce” e “O Homem Nu” e a leitura de trechos dos textos de Hilda Hilst, o trabalho é intitulado “As Várias Faces de Hilda Hilst”, de Rosaly Papadopol.

A palestra “Conferência Entre Amigos”, do Padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita, será às 9h30, no Anfiteatro da Represa Municipal. Na palestra, os autores abordarão o livro “Cartas entre Amigos – Sobre Ganhar e Perder”, lançado no último dia 28.

As indagações do mundo real e os dilemas cotidianos são objetos das reflexões sobre ganhar e perder, compartilhadas entre o padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita. As cartas nascem das afinidades intelectuais de duas mentes motivadas e envolvidas com seu tempo. O livro resulta em um entrelaçar de textos na construção de palavras geradoras de esperança, uma obra anunciadora de um futuro em que a solidariedade, a empatia, a compaixão, o respeito e a alegria sejam protagonistas.

Padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita na 4ª Bienal do Livro de São José do Rio Preto


4ª Bienal do Livro de São José do Rio Preto

Palestra “Conferência entre amigos” - Padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita
Data: 1º de maio
Horário: 9h30
Local: Anfiteatro da Represa Municipal

Na palestra, os autores abordarão o livro “Cartas entre Amigos – Sobre Ganhar e Perder”, lançado no último dia 28.
Neste sábado (1º/4) a 4ª Bienal do Livro recebe cinco atrações, a palestra “Conferência Entre Amigos”, do Padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita; o show “Tocar na Banda”, de Vânia Bastos; as exibições dos filmes “Sobe ou Desce” e “O Homem Nu” e a leitura de trechos dos textos de Hilda Hilst, o trabalho é intitulado “As Várias Faces de Hilda Hilst”, de Rosaly Papadopol.

A palestra “Conferência Entre Amigos”, do Padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita, será às 9h30, no Anfiteatro da Represa Municipal. Na palestra, os autores abordarão o livro “Cartas entre Amigos – Sobre Ganhar e Perder”, lançado no último dia 28.

As indagações do mundo real e os dilemas cotidianos são objetos das reflexões sobre ganhar e perder, compartilhadas entre o padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita. As cartas nascem das afinidades intelectuais de duas mentes motivadas e envolvidas com seu tempo. O livro resulta em um entrelaçar de textos na construção de palavras geradoras de esperança, uma obra anunciadora de um futuro em que a solidariedade, a empatia, a compaixão, o respeito e a alegria sejam protagonistas.

sábado, 24 de abril de 2010

Um diálogo sobre a vida e a filosofia - Reportagem Revista Época

Um diálogo sobre a vida e a filosofia
Gabriel Chalita e o padre Fábio de Melo reabilitaram a epístola. Seus livros de cartas que enviaram um para o outro são bestsellers
Redação Época


PARCERIA

O escritor Gabriel Chalita (à esq. na foto) e o padre Fábio de Melo reabilitaram um gênero literário esquecido: a epístola. Seus livros de cartas são campeões de venda

A troca de cartas foi aparentemente esquecida desde o advento da internet e do e-mail. A correspondência virtual imprimiu aos nossos tempos um estilo de comunicação seco e direto, sem a intimidade característica das cartas outrora escritas à mão. Não há, porém, nada num e-mail que o impeça de resgatar esse tom epistolar. É precisamente esse o maior recado do segundo livro da dupla formada pelo escritor Gabriel Chalita e pelo padre, cantor e compositor Fábio de Melo. O volume Cartas entre amigos – Sobre ganhar e perder (Editora Globo, 225 páginas, R$ 39,90) reúne a correspondência virtual trocada pelos dois entre setembro de 2009 e fevereiro deste ano. As 18 cartas – ou e-mails – versam sobre suas inquietações a respeito de conceitos como vitória e derrota e traduzem visões singulares de vida e filosofia. Seu tom sincero e genuíno renova um gênero literário quase esquecido: a epístola (leia abaixo os trechos selecionados das cartas) .

No primeiro livro da dupla, Sobre medos contemporâneos (lançado no ano passado pela Ediouro), Chalita e o padre Fábio escreveram sobre solidão, fracasso, inveja, envelhecimento. Foi um dos cinco livros mais vendidos de 2009. “No novo livro procuramos discutir o significado do conceito de ganhar e perder”, diz Chalita. “As pessoas se sentem derrotadas por coisas tão simples, como ir mal numa prova, perder o emprego, problemas amorosos.”

Não há registro no livro de local ou de data de cada uma das 18 cartas trocadas. “Os assuntos de que tratamos ali são atemporais”, afirma Chalita. Aos 41 anos, formado em Direito e filosofia, Chalita é professor de graduação e pós-graduação da PUC-SP e da Universidade Mackenzie, membro da Academia Paulista de Letras e da Academia Brasileira de Educação. Em 2008, foi o vereador mais votado nas eleições municipais paulistanas, com 102 mil votos. Já lançou 50 obras – o primeiro título quando tinha 11 anos: uma carta dirigida a Deus, perguntando por que seu irmão, com síndrome de Down, não se curava.

O padre Fábio de Melo, de 39 anos, é formado em filosofia e teologia. Já lançou crônicas, contos e ensaios filosóficos. É referência hoje no universo da música cristã. Seus 12 CDs ultrapassaram a marca de 2 milhões de cópias vendidas e transformaram-no em ídolo popular.

Chalita conheceu padre Fábio há seis anos no programa de entrevistas que apresenta na rede Canção Nova, ligado ao movimento católico conhecido como Renovação Carismática. A afinidade dos dois em filosofia e literatura conduziu à amizade e à intensa troca de e-mails sobre temas contemporâneos. “A gente não discutia nada previamente ou decidia sobre o que trataríamos em nossos e-mails”, diz Chalita. “Não houve pesquisa de nenhum dos lados. Escrevemos sobre as experiências que estávamos vivendo.”

No novo volume, intitulado ao estilo dos filósofos clássicos como Sobre ganhar e perder, Chalita inicia uma carta contando “os horrores praticados na Tanzânia contra os albinos”, história relatada por uma jurista num congresso de direitos humanos. Por lá, há uma superstição: os albinos são vítimas de rituais de mandinga e sacrificados. Muitos tanzanianos acreditam que o sangue ainda quente dos albinos traz sorte. Vencer, para os feiticeiros da Tanzânia, é realizar a proeza de matar albinos e sorver-lhes o sangue ainda quente. Na resposta de padre Fábio, ele destaca o entendimento equivocado do conceito: “É lamentável que nos dias de hoje ainda tenhamos de admitir tamanho absurdo. O fato nos leva a compreender que, em muitos lugares do mundo, o respeito ao ser humano ainda não aconteceu. Ele ainda está condicionado a fatores culturais”.
O diálogo mantido ao longo do livro é comparado pelo padre Fábio aos debates na ágora, praça das antigas cidades gregas onde era realizada a troca de mercadorias e de ideias. À maneira dos filósofos gregos, ele se debruça sobre o que define como “a filosofia do cotidiano, a reflexão nossa de cada dia”.
Além do tom intimista, outro recurso usado pelos missivistas para aproximar essa filosofia do leitor é citar poemas, romances, estudos e filmes. A vida dos outros, longa-metragem alemão, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2007, é lembrado por Chalita como exemplo do interesse que as relações humanas despertam. No filme, um espião da Stasi, a polícia secreta do governo alemão oriental, se sente tocado pelo drama vivido pelo casal que espionava e, anonimamente, acaba por ajudá-lo. Chalita cita ainda A era dos direitos, do filósofo italiano Norberto Bobbio, como exemplo da importância do estado de direito, da democracia, da paz e de valores humanos: o aprendizado com as diferenças e o amor.

Em Cartas entre amigos – Sobre ganhar e perder, assim como em Sobre medos contemporâneos, Chalita e padre Fábio procuram promover uma reflexão sobre as relações humanas e tudo o que as envolve: sentimentos, pensamentos e atitudes. Padre Fábio relembra os dizeres bíblicos e compara a boa palavra ao bom alimento, ambos necessários a uma vida saudável. “Uma boa reflexão pode mudar o rumo de uma vida”, diz ele. “As pessoas erram muito porque refletem pouco.” As palavras trocadas pela dupla revelam como o e-mail pode ser um gênero de comunicação enriquecedor.




Trechos de uma carta de Gabriel Chalita

“Querido irmão padre Fábio,Depois de alguma pausa, voltemos à nossa prosa. No fluxo de nossa vivência, vamos aquinhoando experiências. Nossos olhares são capazes de reter considerações que vão moldando o que somos. A imagem surge como os sentidos captando impressões. Depois dela, vem o conceito. O conceito é o que permanece quando a imagem se esvai. É como o conhecimento que fica com o avançar da aprendizagem. Lançamos mão de excessos para que a viagem fique mais leve ou para que o compartimento dos nossos sentidos receba outros companheiros. O bom conceito é aquele que traz a companhia da bondade, da gentileza, do respeito, entre outros avidamente esperados. Esperamos como necessidade vital. Esperamos o amanhecer. Esperamos o entardecer. Esperamos a demorada cicatrização da incômoda ferida. Esperamos um amor. Esperamos compreensão. Compreensão apenas, amigo. Guimarães Rosa dizia que ‘esperar é reconhecer-se incompleto’ ”

“Querido amigo, Este é um ensinamento fundamental: não permitir que a nossa vida caia no banal. Ler Dostoiévski, Tolstói, ou ouvir as histórias de Rosa, ou de dona Ana, ou de dona Anisse; beber em Padre Vieira, ou em mulheres e homens que nas praças e nas esquinas oferecem o paladar apurado pelo tempo; tudo isso nos tira do banal e nos empresta ornamentos para nossa travessia. Amigo, quando escrevo para você, escrevo para mim também. O verbo vai ganhando autonomia. As palavras são desafiadoras. Fico pensando se de fato eu paro, nem que seja em algumas janelas, para contemplar as vidas que se escondem por detrás dos véus das cortinas ”

Trechos de uma carta de Fábio de Melo
“Meu querido Gabriel,Há discursos extensos que não nos presenteiam com palavra alguma. É a fala infértil, prolixa, redundante. Não agrega absolutamente nada ao que somos, mas ao contrário é capaz de nos retirar a alegria e a disposição. Neste mundo em que vivemos, é muito comum nos depararmos com discursos assim. Mas há outros que são ricos de palavras geradoras. São construídos a partir de uma visão holística da realidade, capaz de abarcar inúmeros aspectos numa mesma trama de palavras. É o discurso que não abre mão da sensibilidade, que realiza a proeza de colocar na mesma pauta razão e emoção. Meu amigo, sua carta é um celeiro de palavras geradoras. Seu olhar sobre o mundo é profundo e respeitoso. A raiz de tudo isso é o amor que você tem pela humanidade. Não é possível refletir as questões fundamentais da comunidade humana sem que por ela existam amor e respeito ”

“Meu amigo Gabriel,sua carta me proporcionou uma pequena viagem literária. Foi interessante reencontrar o contexto profundo dos personagens de Machado, atado à retórica eloquente de padre Vieira. De um lado está o escritor que não temeu descrever as mazelas humanas. A escrita vigorosa de Machado colocou à luz o subterrâneo da condição humana. De outro, está o homem que cresceu sob a luz esperançosa da fé cristã. O que por Machado foi revelado com perspicácia e ironia, por ele foi refletido a partir de rebuscadas teologias. A condição frágil e inacabada do ser humano encontra redenção no Evangelho que padre Vieira anuncia"

Fonte: Reportagem Revista Época

Um diálogo sobre a vida e a filosofia - Reportagem Revista Época

Um diálogo sobre a vida e a filosofia
Gabriel Chalita e o padre Fábio de Melo reabilitaram a epístola. Seus livros de cartas que enviaram um para o outro são bestsellers
Redação Época


PARCERIA

O escritor Gabriel Chalita (à esq. na foto) e o padre Fábio de Melo reabilitaram um gênero literário esquecido: a epístola. Seus livros de cartas são campeões de venda

A troca de cartas foi aparentemente esquecida desde o advento da internet e do e-mail. A correspondência virtual imprimiu aos nossos tempos um estilo de comunicação seco e direto, sem a intimidade característica das cartas outrora escritas à mão. Não há, porém, nada num e-mail que o impeça de resgatar esse tom epistolar. É precisamente esse o maior recado do segundo livro da dupla formada pelo escritor Gabriel Chalita e pelo padre, cantor e compositor Fábio de Melo. O volume Cartas entre amigos – Sobre ganhar e perder (Editora Globo, 225 páginas, R$ 39,90) reúne a correspondência virtual trocada pelos dois entre setembro de 2009 e fevereiro deste ano. As 18 cartas – ou e-mails – versam sobre suas inquietações a respeito de conceitos como vitória e derrota e traduzem visões singulares de vida e filosofia. Seu tom sincero e genuíno renova um gênero literário quase esquecido: a epístola (leia abaixo os trechos selecionados das cartas) .

No primeiro livro da dupla, Sobre medos contemporâneos (lançado no ano passado pela Ediouro), Chalita e o padre Fábio escreveram sobre solidão, fracasso, inveja, envelhecimento. Foi um dos cinco livros mais vendidos de 2009. “No novo livro procuramos discutir o significado do conceito de ganhar e perder”, diz Chalita. “As pessoas se sentem derrotadas por coisas tão simples, como ir mal numa prova, perder o emprego, problemas amorosos.”

Não há registro no livro de local ou de data de cada uma das 18 cartas trocadas. “Os assuntos de que tratamos ali são atemporais”, afirma Chalita. Aos 41 anos, formado em Direito e filosofia, Chalita é professor de graduação e pós-graduação da PUC-SP e da Universidade Mackenzie, membro da Academia Paulista de Letras e da Academia Brasileira de Educação. Em 2008, foi o vereador mais votado nas eleições municipais paulistanas, com 102 mil votos. Já lançou 50 obras – o primeiro título quando tinha 11 anos: uma carta dirigida a Deus, perguntando por que seu irmão, com síndrome de Down, não se curava.

O padre Fábio de Melo, de 39 anos, é formado em filosofia e teologia. Já lançou crônicas, contos e ensaios filosóficos. É referência hoje no universo da música cristã. Seus 12 CDs ultrapassaram a marca de 2 milhões de cópias vendidas e transformaram-no em ídolo popular.

Chalita conheceu padre Fábio há seis anos no programa de entrevistas que apresenta na rede Canção Nova, ligado ao movimento católico conhecido como Renovação Carismática. A afinidade dos dois em filosofia e literatura conduziu à amizade e à intensa troca de e-mails sobre temas contemporâneos. “A gente não discutia nada previamente ou decidia sobre o que trataríamos em nossos e-mails”, diz Chalita. “Não houve pesquisa de nenhum dos lados. Escrevemos sobre as experiências que estávamos vivendo.”

No novo volume, intitulado ao estilo dos filósofos clássicos como Sobre ganhar e perder, Chalita inicia uma carta contando “os horrores praticados na Tanzânia contra os albinos”, história relatada por uma jurista num congresso de direitos humanos. Por lá, há uma superstição: os albinos são vítimas de rituais de mandinga e sacrificados. Muitos tanzanianos acreditam que o sangue ainda quente dos albinos traz sorte. Vencer, para os feiticeiros da Tanzânia, é realizar a proeza de matar albinos e sorver-lhes o sangue ainda quente. Na resposta de padre Fábio, ele destaca o entendimento equivocado do conceito: “É lamentável que nos dias de hoje ainda tenhamos de admitir tamanho absurdo. O fato nos leva a compreender que, em muitos lugares do mundo, o respeito ao ser humano ainda não aconteceu. Ele ainda está condicionado a fatores culturais”.
O diálogo mantido ao longo do livro é comparado pelo padre Fábio aos debates na ágora, praça das antigas cidades gregas onde era realizada a troca de mercadorias e de ideias. À maneira dos filósofos gregos, ele se debruça sobre o que define como “a filosofia do cotidiano, a reflexão nossa de cada dia”.
Além do tom intimista, outro recurso usado pelos missivistas para aproximar essa filosofia do leitor é citar poemas, romances, estudos e filmes. A vida dos outros, longa-metragem alemão, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2007, é lembrado por Chalita como exemplo do interesse que as relações humanas despertam. No filme, um espião da Stasi, a polícia secreta do governo alemão oriental, se sente tocado pelo drama vivido pelo casal que espionava e, anonimamente, acaba por ajudá-lo. Chalita cita ainda A era dos direitos, do filósofo italiano Norberto Bobbio, como exemplo da importância do estado de direito, da democracia, da paz e de valores humanos: o aprendizado com as diferenças e o amor.

Em Cartas entre amigos – Sobre ganhar e perder, assim como em Sobre medos contemporâneos, Chalita e padre Fábio procuram promover uma reflexão sobre as relações humanas e tudo o que as envolve: sentimentos, pensamentos e atitudes. Padre Fábio relembra os dizeres bíblicos e compara a boa palavra ao bom alimento, ambos necessários a uma vida saudável. “Uma boa reflexão pode mudar o rumo de uma vida”, diz ele. “As pessoas erram muito porque refletem pouco.” As palavras trocadas pela dupla revelam como o e-mail pode ser um gênero de comunicação enriquecedor.




Trechos de uma carta de Gabriel Chalita

“Querido irmão padre Fábio,Depois de alguma pausa, voltemos à nossa prosa. No fluxo de nossa vivência, vamos aquinhoando experiências. Nossos olhares são capazes de reter considerações que vão moldando o que somos. A imagem surge como os sentidos captando impressões. Depois dela, vem o conceito. O conceito é o que permanece quando a imagem se esvai. É como o conhecimento que fica com o avançar da aprendizagem. Lançamos mão de excessos para que a viagem fique mais leve ou para que o compartimento dos nossos sentidos receba outros companheiros. O bom conceito é aquele que traz a companhia da bondade, da gentileza, do respeito, entre outros avidamente esperados. Esperamos como necessidade vital. Esperamos o amanhecer. Esperamos o entardecer. Esperamos a demorada cicatrização da incômoda ferida. Esperamos um amor. Esperamos compreensão. Compreensão apenas, amigo. Guimarães Rosa dizia que ‘esperar é reconhecer-se incompleto’ ”

“Querido amigo, Este é um ensinamento fundamental: não permitir que a nossa vida caia no banal. Ler Dostoiévski, Tolstói, ou ouvir as histórias de Rosa, ou de dona Ana, ou de dona Anisse; beber em Padre Vieira, ou em mulheres e homens que nas praças e nas esquinas oferecem o paladar apurado pelo tempo; tudo isso nos tira do banal e nos empresta ornamentos para nossa travessia. Amigo, quando escrevo para você, escrevo para mim também. O verbo vai ganhando autonomia. As palavras são desafiadoras. Fico pensando se de fato eu paro, nem que seja em algumas janelas, para contemplar as vidas que se escondem por detrás dos véus das cortinas ”

Trechos de uma carta de Fábio de Melo
“Meu querido Gabriel,Há discursos extensos que não nos presenteiam com palavra alguma. É a fala infértil, prolixa, redundante. Não agrega absolutamente nada ao que somos, mas ao contrário é capaz de nos retirar a alegria e a disposição. Neste mundo em que vivemos, é muito comum nos depararmos com discursos assim. Mas há outros que são ricos de palavras geradoras. São construídos a partir de uma visão holística da realidade, capaz de abarcar inúmeros aspectos numa mesma trama de palavras. É o discurso que não abre mão da sensibilidade, que realiza a proeza de colocar na mesma pauta razão e emoção. Meu amigo, sua carta é um celeiro de palavras geradoras. Seu olhar sobre o mundo é profundo e respeitoso. A raiz de tudo isso é o amor que você tem pela humanidade. Não é possível refletir as questões fundamentais da comunidade humana sem que por ela existam amor e respeito ”

“Meu amigo Gabriel,sua carta me proporcionou uma pequena viagem literária. Foi interessante reencontrar o contexto profundo dos personagens de Machado, atado à retórica eloquente de padre Vieira. De um lado está o escritor que não temeu descrever as mazelas humanas. A escrita vigorosa de Machado colocou à luz o subterrâneo da condição humana. De outro, está o homem que cresceu sob a luz esperançosa da fé cristã. O que por Machado foi revelado com perspicácia e ironia, por ele foi refletido a partir de rebuscadas teologias. A condição frágil e inacabada do ser humano encontra redenção no Evangelho que padre Vieira anuncia"

Fonte: Reportagem Revista Época